terça-feira, 11 de maio de 2010

A língua do google

As diferenças de idioma são um divisor da humanidade. Há dois caminhos para contornar essa barreira. Num deles, busca-se um retorno à linguagem única que, segundo a bíblia, existia antes da torre de babel. A tecnologia já está avançada na criação de um tradutor universal. O sistema mais eficiente opera nos computadores do Google, o gigante da internet. Hoje, ele permite a tradução instantânea de textos escritos em 52 idiomas.

O funcionamento do tradutor do Google remete á pedra de roseta, o bloco de granito de 1,20 metro de altura que foi encontrado pelo exército de Napoleão, no século XVIII, e serviu de chave para a decifração dos hieróglifos egípcios. O tradutor do Google está à frente dos rivais. Em pesquisas patrocinadas pelo governo americano, ele supera com frequência ferramentas de outras empresas e universidade. “Hoje, a potência da ferramenta está relacionado ao tamanho de seu banco de dados. E também ao uso de supercomputadores,com sua imensa capacidade de processar informações”, explica Helena Caseli, pesquisadora do laboratório de linguística computacional da universidade federal de são Carlos. À medida que os tradutores avançarem, seus impactos deverão se espelhar pelas mais variadas áreas. No campo acadêmico, por exemplo, o avanço será dramático.

A linguagem cotidiana já começa ser desbravada pelos tradutores automáticos. O tradutor já tem capacidade para produzir resultados superiores aos apresentados hoje, mas isso exigiria mais cálculos dos servidores do Google e tornaria o processo custoso. “há palavras intraduzíveis: se você quer falar sobre saudade, tem de usar o português”, exemplifica. Isso, contudo, não demove o filósofo da posição de entusiasta da tradução digital, que para ele ocorrerá em um regime de perdas e ganhos. Agora, com os tradutores automáticos, o homem tem a chance de derrubar, com a ajuda da tecnologia, a barreira que Deus, segundo a tradição bíblica, ergueu com a Torre de Babel.

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